NOTÍCIA
Jornal O GLOBO em 13 de Outubro de 2019 – Caderno ELA – Página 9
OUTLET DA GASTRONOMIA
MERCADO DO PORTO REUINIRÁ A NATA DA BOA MESA CARIOCA, COM LASAI, MR. LAM, LAGUIOLE E MUITO MAIS
Faltam oito meses para o Mercado do Porto Carioca começar a funcionar, no Píer Mauá. Mas o restaurateur Marcelo Torres, idealizador do projeto orçado em R$ 45 milhões, de antemão escalou o time que vai atuar no primeiro food market brasileiro, inspirado em lugares como o Mercado da Ribeira, em Lisboa. Rafa Costa e Silva (Lasai), Marcel Nagayama (Naga), Ricardo Lapeyre (Languiole), Isis Rangel (Siri Mole) e Tati Lund (.Org) já foram reconhecer o terreno do futuro empreendimento no Edifício Touring, que até o fim do mês passado abrigou o Casa Cor. Do Gula Gula ao Mr. Lam, haverá ao todo 12 grifes da boa mesa carioca, que vão servir versões mais acessíveis de seus hits. “Será uma espécie de outlet da gastronomia”, define Marcelo Torres.
O restaurateur visitou 40 food markets mundo afora até chegar ao projeto final do mercado carioca, desenhado pelo arquiteto Miguel Pinto Guimarães. Esse tipo de empreendimento é tendência. Atualmente, existem 70 food markets no mudo. Em três anos, segundo uma pesquisa feita por um escritório norte-americano, esse número vai triplicar”. Completa Marcelo.
O estrelado chef Rafa Costa e Silva já está pensando no que pretende servir ao grande público – o mercado tem capacidade para receber até quatro mil pessoas simultaneamente. “Penso em fazer porções para compartilhar, como aipim cozido na manteiga de garrafa, tapioca, pão de queijo”, enumera ele, famoso por sua timidez. “No restaurante, raramente saio da cozinha. O food market vai me forçar a ter mais contato com o público. Tenho certeza de que vai virar um novo ponto turístico do Rio. Vão passar a visitar o Pão de Açúcar, o Cristo Redentor eu Mercado.”
O potencial turístico do empreendimento também atraiu Tati Lund. “Topei participar com o propósito de democratizar a culinária vegana. O espaço tem potencial de falar com muita gente” diz a chef do .Org. Ela acabou contratada por Marcelo para ser consultora de sustentabilidade do empreendimento. “Só trabalharemos com embalagens biodegradáveis, teremos telhado verde e faremos gestão de resíduos. A idéia é ser o primeiro mercado do mundo com selo verde”, planeja Tati.